quinta-feira, dezembro 31, 2009

2010 it's comin' soon

2009 ficou pra história e eu prometo atualizar com mais frequencia esse blog em 2010. Nessa, vai um texto que não é meu mas que de chegou até o meu conhecimento e me faz refletir muito acerca do ano que está acabando. Não sei quem é o autor, mas seja quem for merece grandes méritos, mesmo que, muitas vezes, seja complicado de ouvir certas verdades:
"Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo e o que não mata com certeza fortalece. Às vezes mudar é preciso, nem tudo vai ser como você quer e a vida continua. Para qualquer escolha segue alguma consequencia e vontades efêmeras podem não valer a pena. Quem fez uma vez não fará duas, necessariamente, mas quem fez dez vezes possivelmente fará onze. Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Nem todo mundo é legal assim e de perto ninguém é normal. Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida e o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente. Não é preciso perder para aprender a dar valor e os amigos ainda se contam nos dedos. Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pelo resto da vida e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade ou enterrar o passado. O tempo sempre vai ser o melhor remédio mas os seus resultados são imediatos."
... e um ótimo 2010 a todos deste atual estudante de psicologia, ex-estudante de jornalismo mas que nunca deixará de rabiscar suas crônicas...
c ya, dude, in the next year...

domingo, abril 19, 2009

À Vida (esse "mal" necessário...)

Viver! Por que algumas pessoas insistem em considerar este ato um fardo? Porra! Acordem! A unicidade dessa trajetória não deve passar despercebida.

Beije. Beije muitas bocas. Só assim você irá entender qual é o beijo que melhor se encaixa à sua boca, que combina com o seu desejo, qual a língua que tem o paladar que lhe agrada... Beijos são como roupas: precisa de provas, ajustes, fazer a barra, trocar. Nunca deixe de provar beijos, de experimentar bocas, de testar línguas.

Intensifique cada um de seus sentimentos. Eles foram “feitos” para isso. Explore ao máximo cada um deles. Exponha-os. Você precisa disso. Esvaziar um copo cheio de água velha é dar a chance de experimentar água nova e fresca, mais saudável.

Prove todos os venenos. Tenha a certeza de que não fenecerás por nenhum deles. O risco deixa as pessoas mais espertas, mais fortes, mais resistentes. O medo torna-se aliado e não inimigo.

Sinta todas as suas dores. Elas existem para isso e não maioria das vezes é você mesmo quem as criou. Abriu suas chagas, cutucou, infeccionou por conta própria. Agora faça sarar. Não é tão difícil quanto se pensa e não é impossível. Pelo contrário. Vacine-se contra si mesmo. Em grande parte de nossa vida, somos os nossos próprios inimigos. Nossas mais altas barreiras. Nossos mais cruéis carrascos.

Sinta suas alegrias em todos os vão e fresta do seu corpo. Elas começam a ficar raras com o passar do tempo e merecem ser apreciadas com o mesmo paladar que se aprecia um doce pela primeira vez, que se sente um gosto novo. As alegrias são novos gostos. Adoçam a boca, satisfazem o corpo, acalentam a alma, fazem explodir um sorriso cheio de dentes nos rostos aflitos. A felicidade não é algo para deixar para resolver depois. Ela merece atenção imediata, é serviço urgente e de ordem maior.

Se o sol aparecer no centro do céu, queime-se com seus raios. Se o céu desabar em temporal, saia na chuva e sinta o frio. Arrisque. Tudo é muito rápido. Em um instante chega o fim e sem aviso. Violento e injusto. Justa é a vida, claro, para aqueles que se entregam e se doam.

Viva todas as suas lembranças. O passado, sim, deve ser revirado. Tudo o que foi bom deve ser recordado. Deve trazer harmonia ao presente. O que foi ruim deve ser um alerta e nunca esquecido.

Role na grama. Beba e se embriague pelo menos uma vez em sua vida. Sinta o mundo rodar e as coisas saírem de seu controle. Não durma quando a ronda se fizer necessária. Você terá outras noites de sono durante seu percurso. Quando contrariado, reivindique. Quando amado, ame. Quando questionado, responda. Olhe ao seu redor. Existem vidas únicas como a sua esperando para ser descoberta.

Ah! A Vida, esse mal necessário, com letra maiúscula. Se entregue. A queda livre da existência só é sentida por quem se atira do penhasco e confia no colchão de ar que o aguarda há muitos metros abaixo. Existir é fato. Viver é a meta. Respirar é fácil. Perder o fôlego é que é o verdadeiro aprendizado...

sábado, março 28, 2009

Teu pomar.

Nessa de tentar ser um jornalista, às vezes eu tento ser poeta... quem sabe um dia eu consigo ser uma coisa.... ou outra coisa...
Reclamas que sou ácido. Sou pomar regado por gotas de tua chuva. Se sou seco é porque fui arado com teu rastelo. Se insensível é porque não te ocupastes em tirar meus espinhos. Se feio aos olhos é por simples conta de teus maus tratos.

Se não perfumo mais teu ambiente, devo isto aos teus constantes abandono ao relento. Se outros pássaros não vem me visitar e pousar sobre meus ramos é a certeza de que teu horrendo espantalho está desempenhando com louvor sua função.

E não me venha cobrar magníficas folhagens se me adubas com o veneno que não mata e pela mesma razão não deves procurar sombra sob os galhos que arrancastes com tuas mãos tão vis.

Eu apenas pedi um pouco de sol e tu me destes um punhado de trevas. Clamei, com sede, de tua fonte e poluíste-me com teus dejetos. Quis proteção, mas fui prisioneiro de teu estúpido muro.

Portanto, não supliques vida, pois cultivastes apenas as rudes ervas da morte.

sábado, março 21, 2009

Estava certa a raposa?

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

Não sou contra o livro de Antoine de Saint-Exupéry, muito pelo contrário. Gosto do ensinamento sobre a amizade e fidelidade. Acontece que esta famosa frase da raposa, e copiada pelas “miss alguma coisa” ao redor do globo, começou a ecoar na minha mente de uma maneira diferente, com um peso maior. Eu sou realmente eternamente responsável por aquilo que eu cativo? Meu Deus, quanta responsabilidade sobre as minhas costas...

Não! Eu não sou eternamente responsável por aquilo que eu cativo e, por favor, não venham me cobrar isto. Eu sou eternamente livre para ir e vir. Eternamente livre para tomar as minhas decisões e escolher quem passará a tal eternidade ao meu lado ou, pelo menos, em meu coração e pensamentos.

É fácil para qualquer ser humano encostar-se no outro e dizer “me cativaste, tu tens obrigação para comigo”. Como assim Bial? Quer dizer que você se afeiçoou à minha pessoa e agora eu tenho dívidas para com você? Não! E enfatizo: não!

Parto de um princípio básico que os seres humanos mudam. A pessoa que me foi importante e especial até ontem, por algum ou por vários motivos pode muito bem não ocupar mais este espaço hoje. Não sou escravo de outro indivíduo por mais que o meu passado junto a ele tenha sido incrivelmente fantástico e marcante.

Não! Reforço: não! Não sou eternamente responsável por outras pessoas. Sou eternamente responsável por mim mesmo, pela minha vida, pelo meu bem estar, pela minha felicidade e respeito próprio. Sou eternamente responsável por garantir a minha integridade como homem. Não pense que vais se atirar em um poço e que eu vou me atirar junto contigo porque tenho “obrigações” para com a tua segurança ou vida. Sequer imagine que pode fazer o que bem entender comigo, massacrar um coração, trair uma mente, esbofetear uma face, oferecer pouco caso e abandono em troca de um passado glorioso.

Não! Não serei eternamente responsável por qualquer pessoa que não seja esta que está nesta pele e, neste momento, contrariando a raposa mais amada do planeta. Serei eternamente fiel às pessoas ao meu redor, eternamente centrado e as respeitarei como são e dedicarei o meu tempo particular dependendo do merecimento de cada uma. Se precisar abandoná-las, terei um bom motivo e uma justificativa sincera e plausível. Serei eternamente justo com estas pessoas e as amarei eternamente quando assim se fizer correto. Mas me desculpe raposa, eu não serei eternamente responsável por estas pessoas, por aquilo que eu cativei.

“Se tu vens as quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz”. Mas se eu souber que tu não virás mais, não esperarei mais por ti. Não há nada de eterno nisso...

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

A respeito do crescimento...

O crescimento. Esse processo doloroso que os seres humanos precisam passar. Alguns simplesmente negam essa necessidade e vivem uma sobrevida, uma pseudo-conquista de ter ou de ser alguém. Eu me orgulho de crescer, dia após dia. Orgulho-me das merdas que eu faço, não porque eu as faço, mas porque eu as limpo e as passo a limpo e as analiso, da mesma maneira como os seres humanos olham para o próprio excremento no papel higiênico a fim de, instintivamente, verificar se há algo errado com o seu organismo.

Crescendo eu me machuco, eu me iludo, eu bato com a cara na parede diversas vezes. Eu construo as minhas paredes para bater a cara nela. Isso é crescer. E crescendo eu começo a construir paredes com tijolos mais maleáveis, de materiais menos dolorosos, porque eu sei que ainda vou meter muito a minha cara neles, e assim começo a fazer paredes mais finas e mais frágeis. Chegará o dia em que eu transpassarei estas paredes. Eu as quebrarei e não o contrário.

Crescer dói. Dói como um animal que precisa trocar de pele. Que precisa se enroscar em algum galho e rasgar o próprio couro, ficar exposto, esperando a nova e bela roupagem. Crescer arde como arde a ave Fênix que, sentindo-se velha e no final de sua existência, ateia fogo ao próprio corpo, no próprio ninho e magnificamente renasce jovem e disposta.

Crescer ofende. Muitas vezes precisamos trair o nosso coração, precisamos fingir que não há um peso em nosso peito, precisamos negar o nó na nossa garganta e precisamos dizer que há um cisco em nossos olhos. Crescer maltrata porque precisamos chorar em frente a desconhecidos e nos desnudar de todo o orgulho e soberba. Crescer nos despoja de nossas armaduras, de nossas capas, escudos e espadas. Crescer nos expõe aos nossos medos e dessa maneira nos limita, mas também nos encoraja. Começamos a conhecer os nossos pontos fracos e ao mesmo tempo dar valor aos nossos pontos fortes e que ficam cada vez mais e mais fortes.

Não se cresce sendo um super-herói. Eles já são auto-suficientes. Quem cresce não é auto-suficiente. É dependente e cresce consciente dessa dependência. Física, moral, afetiva, espiritual. E cresce mais, pois, começa a entender que quanto mais sabe, menos entende algumas coisas e de mais conhecimento necessita. Crescer ensina a perdoar. Ensina a olhar para trás não com pena, rancor ou remorso. Crescer ensina a tirar do coração todo o peso de uma situação mal resolvida. E isso faz da pessoa quase um adulto.

Crescer ensina que o caminho final é o próprio fim. Que não há esperança após tanto crescer. Dá a maturidade suficiente para entender que a morte vem para todos e que não há privilegiados para esta donzela de foice, roupas negras e pele branca e gélida. E digo por mim mesmo, eu, ser humano, falho, cheio de erros e inseguranças: eu cresço. Cresço com tudo o que há de ruim, mas cresço mais ainda com tudo o que há de bom dentro de mim. E o que há de bom em mim apenas cresce...

domingo, fevereiro 22, 2009

Não há nada de novo no mundo...

... e tenho quase certeza de que mais nada de novo no mundo vai surgir. Pelo menos mais nada que realmente surpreenda a humanidade.

Todas as armas de destruição em massa possíveis já foram criadas. A maioria das combinações das 7 notas musicais e seus acidentes já estão disponíveis. Estamos comendo quase todos os animais que nadam, voam, andam ou rastejam, temos grande parte dos sabores ao nosso alcance, ou pelo menos a venda no mercado.

Existem lugares para tudo e para qualquer coisa que você precise. Podemos escolher os ambientes para fazer o que bem entendermos, com quem quisermos, dando satisfação ou não. Às vezes estes lugares que existem, nem mesmo existem e nem sempre estamos lá (mesmo "estando lá").

Por mais criatividade que o ser humano tenha, já vimos todas as cores possíveis, sentimos os aromas, nosso paladar já não consegue nos excitar com o inexistente novo, nossos ouvidos não são atingidos por uma melodia inédita...

Nos programas religiosos da TV todas as doenças já foram curadas e todos os maus espíritos já foram expulsos. Os filmes eróticos já exploraram todos os buracos e todos os gemidos já foram entoados, gozados, ejaculados, "osgarmizados", enfiados e afins.

As TV's já estão suficientemente finas, dentro de um disco de poucos diâmetros conseguimos armazenar as informações do Pentágono todo e os telefones móveis já obtém grande parte das funções.

Enfim, tudo é uma repetição. As bolinhas que fizeram sucesso nos anos 50 fazem a tendência novamente, pelo menos até a próxima semana. Faz tempo que não aparece um remédio realmente eficaz para a gripe e não há mais uma droga entorpecente que nos leve a uma viagem muito louca. Não dá pra pular de para-quedas de uma altura maior. Toda a face do planeta já está mapeada. O fundo dos oceanos também. O corpo humano é estudado em detalhes. Só existem 12 signos no Zodíaco e, segundo o horóscopo, irão acontecer 12 situações diferentes pelo mundo a fora.

aparece mais um doido criando um blog e torcendo para que sua ideias sejam realmente criativas. Cada coisa que se vê nesse mundo.

Como se o mundo ainda espantasse as pessoas... Bem, mas o mundo sempre consegue.